Melatonina: o que é e para que serve?

Melatonina para que serve

Fonte: Dra. Rosa Hasan, médica neurologista especialista em medicina do sono 

A melatonina é um hormônio natural produzido pelo nosso corpo, conhecido como o "hormônio do sono". Ela atua como uma espécie de maestro, regulando o ritmo circadiano, o ciclo natural de sono e vigília. Além de promover o sono, a melatonina também possui funções antioxidantes e anti-inflamatórias, impactando positivamente a saúde geral. 

 

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O que é melatonina? 

A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro. Sua produção é influenciada pela luz: a escuridão estimula a produção, enquanto a luz a inibe. 

Para que a melatonina serve? 

A melatonina desempenha diversas funções no organismo, sendo mais conhecida por seu papel na regulação do sono e dos ritmos circadianos. Ela promove a sonolência e ajuda a manter um sono reparador. 
 
Além disso, a melatonina possui outros benefícios, como: 

  • Ação antioxidante: protege as células contra danos oxidativos; 

  • Modulação do sistema imunológico: ajuda a controlar a resposta inflamatória; 

  • Regulação do humor: pode auxiliar no tratamento de distúrbios do humor; 

  • Proteção cardiovascular: estudos sugerem que a melatonina pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. 

Melatonina para dormir: quem pode tomar? 

A melatonina pode ser utilizada para tratar distúrbios do sono, como insônia, jet lag e distúrbios do ritmo circadiano. No entanto, é importante consultar um médico antes de iniciar a suplementação, especialmente nos casos abaixo. 

  • Crianças e adolescentes: a melatonina não é recomendada para crianças menores de 2 anos. 

  • Gestantes e lactantes: a segurança da melatonina nesses grupos ainda não foi totalmente estabelecida. 

  • Pessoas com doenças crônicas: como diabetes, hipertensão ou doenças autoimunes. 

  • Indivíduos que fazem uso de medicamentos contínuos: a melatonina pode interagir com alguns medicamentos. 

 
Vale ressaltar que a melatonina não é considerada um indutor sono, apesar dos seus efeitos como hormônio que sinaliza a noite. Não é recomendado o uso indiscriminado e sem orientação médica. 

Exame de melatonina: para que serve e como é feito? 

O exame de melatonina pode ser utilizado para avaliar os níveis do hormônio no sangue ou na saliva. Ele pode ser útil para: 

  • Diagnosticar distúrbios do sono; 

  • Avaliar a função da glândula pineal; 

  • Monitorar o tratamento com melatonina. 

O exame de sangue é feito através da coleta de uma pequena amostra de sangue, geralmente durante a noite, quando os níveis de melatonina estão mais altos. Já o exame de saliva é feito por meio da coleta de uma pequena quantidade de saliva em um tubo. 

 

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Quais são os efeitos colaterais da melatonina? 

Embora a melatonina seja geralmente considerada segura quando usada a curto prazo e nas doses recomendadas, alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como cansaço e sonolência diurnos, tonturas, dor de cabeça, náuseas e irritabilidade. É importante usar a melatonina com cuidado e sob a orientação de um profissional de saúde qualificado. 

Melatonina engorda? 

Não há evidências científicas que sugiram que a melatonina cause ganho de peso. Na verdade, alguns estudos mostraram que a melatonina pode até ter efeitos benéficos na regulação do peso corporal, ajudando a reduzir a ingestão excessiva de alimentos e a melhorar o metabolismo. 

Qualidade do sono: qual médico procurar? 

Para avaliar a qualidade do sono e diagnosticar distúrbios do sono, é recomendável consultar um neurologista especialista em medicina do sono.  
 
Esse profissional pode solicitar exames específicos, como a polissonografia, um teste de sono que monitora várias variáveis durante o sono, como atividade cerebral, movimentos oculares, frequência cardíaca e respiração, para diagnosticar e tratar distúrbios do sono de forma adequada. 

Entre os problemas do sono que podem ser detectados por meio da polissonografia estão: 

  • Apneia do sono, caracterizada pela interrupção temporária da respiração durante o sono; 

  • Hipopneia, caracterizada por episódios de respiração superficial ou interrompida durante o sono; 

  • Distúrbios do movimento durante o sono, como síndrome das pernas inquietas ou movimentos periódicos das pernas; 

  • Insônia, ou seja, a dificuldade persistente em iniciar ou manter o sono, resultando em sono insuficiente ou de má qualidade; 

  • Distúrbios do sono relacionados ao comportamento como sonambulismo, terror noturno e pesadelos frequentes; 

  • Distúrbios do ritmo circadiano como o transtorno do trabalho por turnos ou o transtorno do sono circadiano irregular. 

 

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Categoria
Saúde